Desde às 8h desta quarta-feira, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) atende apenas urgência e emergência por causa de uma mobilização dos residentes de diversos cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que atuam no hospital.
O principal motivo da paralisação é a falta de acompanhamento técnico e sobrecarga dos estudantes. Além dos residentes do curso de Medicina, participam pós-graduandos da residência multiprofissional, que inclui 10 cursos, entre eles, Terapia Ocupacional, Farmácia clínica e Fonoaudiologia. Ao todo, mais de 200 estudantes participam da mobilização.
Segundo a nutricionista, Gilvane Souza dos Santos, a falta de acompanhamento faz com que os residentes assumam a maioria dos serviços, o que prejudica o usuário e, também, a formação do profissional. Conforme a residente, os estudantes já se reuniram por diversas vezes com a direção clínica e com a coordenação da residência multiprofissional para tentar uma solução para problema. A resposta seria a espera, já que para haver novas contratações, o Husm depende da definição para o caso de aderir ao não à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Gilvane ressalta que a pauta do grupo não diz respeito à tomada de decisão do hospital, e sim, à contratação de novos funcionários e professores orientadores.
_ Para podermos atender ao usuário com qualidade, precisamos de uma formação de qualidade. Não podemos esquecer que estamos numa pós-graduação. Há 10 anos o hospital não têm novas contratações e isso acaba acaba sobrecarregando os residentes _ declara a nutricionista.
A paralisação segue durante à tarde com alguns serviços em frente ao Husm, como medição de pressão e glicemia. Os estudantes também devem sair em caminhada em direção ao arco de entrada universidade, onde serão distribuídos materiais informativos.
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